“Pelos idos dos anos 50, surgiu a idéia de se formar um bloco carnavalesco, no subúrbio do Engenho de Dentro, já famoso pelo seu carnaval. Os irmãos Oscar e Beto (este de saudosa memória) tiveram a iniciativa e partiram para a batalha.
Pela sua tradição de “bloco de sujos” e levar consigo um grande numero de foliões como um verdadeiro arrastão, deu-se o nome de Arranco. Nos seusprimeiros passos sentia-se que aquele bloquinho iria tornar-se, em futuro bem próximo, uma grande Sociedade Carnavalesca, quer pela sua aceitação quer pela sua organização.
Criaram-se então as cores azul e branco como oficiais da agremiação e passou a apresentar carnavais que o povo ainda se recorda como: Gregos, Romanos, As Mil e Uma Noites e as coadjuvados pelo grande compositor Serrinha fizeram o Arranco opcupar lugar de destaque, tornando-se um verdadeiro sucesso. Posteriormente filiou-se à Federação de Blocos, onde há alguns anos vem disputando com os seus co-irmãos o primeiro lugar, o que por um desses caprichos na natureza ainda não pode conquistar. O sucesso é grande. O êxito aumenta dia a dia e para nosso orgulho recebemos um convite do Consulado da Argentina, a fim de participarmos de um concurso carnavalesco naquele país irmão. Pois bem, amigos, o Arranco se fez presente e honrando suas tradições apresenta-se de forma exuberante onde a Ala das Colheres, mais uma incrementação arranquista no samba, empolga e conquista a todos e até o primeiro lugar, com sete medalhas de ouro.
O Arranco não se deixou levar pelos louros alcançados e continua lutando na quadra e no asfalto para manter aquilo que é de todos nós, o Samba Autêntico.
Não poderíamos esquecer o novo sangue injetado pela atual diretoria que com sua dinâmica vai implantando uma outra mentalidade nos jovens e procura fazer da nossa Sociedade um segundo lar. Portanto, meus amigos, o Arranco cresce: venha visitá-lo para conhecê-lo melhor e sentir o calor do samba brasileiro, o carinho das cabrochas no seu bambolear estonteante acompanhado este ritmo gostoso num sobe e desce constante. O Arranco é tudo isso e mais Samba, e Samba cujo futuro de gigante começa a despertar nas mentes sãs destes moços incansáveis porque a nossa agremiação está em ritmo de Brasil Grande.
Agora o publico discófilo poderá deliciar-se com o nosso primeiro compacto, ouvindo músicas do enredo do carnaval de 1972. “O Sonho da Independência”.
Face A Samba 1 – Sonho da Independência (Ala de Compositores)
Samba 2 – Divina Dama (Serrinha)
Face B Samba 1 – Momo Pede Folia (Mazola)
Samba 2 – Jurei (Ayrton e José Carlos)
Acompanhamento: Nilson na marcação, Barrabás no 3º surdo, Serrinha no cavaquinho, Cleber no repicado, Iran no tarol, Baiano no chocalho, Merenda no reco-reco e Ivo, Zezé, Tonico, Ramon e Aeto nas colheres. Todos sob a direção de Jonga.
Uma realização da nova diretoria do Arranco – Por Professor Alberto Maranhão.
AESEG – Associação das Escolas de Samba do Estado da Guanabara
Entidade máxima de Representação Oficial das Escolas de Samba que participam do Carnaval Carioca
Utilidade publica Nº 1.473″
O primeiro desfile oficial da Sociedade Recreativa Carnavalesca Arranco, foi organizado em 1965 na Praça Onze, passando a desfilar no primeiro grupo da Federação dos Blocos Carnavalescos da Cidade do Rio de Janeiro até a sua transformação em Escola de samba.
Tendo como sua Madrinha a vitoriosa PORTELA.
Em 21 de março de 1973, o bloco se transformou em Escola de Samba. A imprensa não gostou da atitude dos dirigentes em transformar o famoso Bloco em Escola de Samba. Muitas pessoas diziam que essa transformação não seria uma boa para a Agremiação.
A vitoriosa Portela foi convidada a se manter como madrinha do Arranco. Como a cores da Portela é azul e branca, o Arranco adotou como símbolo o Falcão, “primo” da Águia, que é o símbolo da Portela. Em 1978, participou do desfile principal, sendo a Primeira Escola de Samba da História a desfilar na Marquês de Sapucaí, quando transferiram os desfiles da Avenida Presidente Vargas para a Rua que seria o templo sagrado do samba conhecido como Avenida dos Desfiles. Naquele ano o desfile aconteceu no sentido inverso aos dos dias de hoje (do Catumbi para a Av. Presidente Vargas). retornando em 1989, com a responsabilidade de abrir o desfile com o enredo. “Quem vai querer”.
O Arranco tem como lema:
” Na ilusão desta Avenida, o Arranco é todo amor! “